segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Brotas - 2a. parte: Levanta e vai ...

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Depois de sermos sumariamente forçados a desistir de beber, resolvemos dormir, para acordarmos cedo para aproveitarmos o café da manhã e a piscina. Pelo menos assim eu pensava.

Acordei todo mundo. Ô povinho que gosta de dormir, tem o dia todo pra descansar, na hora do churras, ou em qualquer outra hora. Vamos aproveitar o café da manhã e pegar um sol na piscina.

O Café da manhã nào foi lá grandes coisas. Um suco estranho de Mamãoracújabacaxiranja que na minha opnião era horrível. O Bolo de cenoura que era coberto com uma calda, cá entre nós, zoada, de choco-mel (!) e coisas assim. Mas em compensação, os bolinhos-de-chuva ... Como estavam bons ... Meu café da manhão era uma tempestade de bolinhos de chuva. Hummm ..

Depois de nos alimentarmos adequadamente, voltando para os quartos fomos abordados pela Dharma, Delma, Thelma, Palherma ou algo assim. A dona da pousada. Que sugeriu que fossemos ver os passeios da cidade que uma promoter apresentaria. Como eu só iria agitar o churras meio dia, fui ver os panfletos.

Nos primeiros 5 minutos comecei a estranhar a apresentação. A promoter explicava tudo pras meninas só que ficava olhando pra mim. Alguma coisa tinha. Demorei a descobrir, mas ela tinha um olhar de frita o peixe e olha o gato. Nesse meio tempo as meninas ficaram curiosas e começaram a se informar sobre Rapel, Escalada, Arvorismo, Rafting e etc ...

Eu sei que eu comecei a cochilar sob o olhar atento da promoter e quando acordei, tinham dado minha sentença. Iriamos fazer Rafting (!) e o pior, na hora que devia se o churrasco, as 14h. Ahhhhh !!! Antes eu não tivesse acordado eles tão cedo ...

Tentei fugir, me esconder, convencer o pessoal a ficar na piscina que tava da hora e nada. Fomos até a churrasqueira conhecer o ambiente (que era bem legal e incluia um forno de pizza) mas nada. Todos queriam ir pro Rafting. Bem, lá vamos nós.

Depois de umas porções estranhas e umas cervejas (que tivemos que comprar no mercado devido ao sumiço precoce no freezer da pousada) tomamos o caminho do Rafting. Chegamos lá, inscrição, onibus até o rio, onde o corno manso do guia queria me convencer a fazer "montinho" em outro guia caso contrario eu não poderia brincar de descer o rio. Esclarecido o problema (sem a necessidade de eu me jogar em ninguém) chegamos ao rio, passamos pelo treinamento básico e fomos para a assim chamada "aventura" ...

No barco comecou a diversão. Rema pra cá, pendura pra lá, segura acolá e por ai vai ... No começo é bem divertido, remando, gritando, zoando com os outros barcos, mas uma hora depois já começa a cansar, principalmente se você, assim como eu, quase se afoga no escorregador (uma parte que vc desce sem o barco, escorregando pelas rochas) e precisa ser resgatado por um salva-vidas, puxado do fundo do rio, preso a uma corda, arrastado ate uma pedra, e deixado lá gorfando metade dos 4 litros e meio de água engolida.

Mas logo depois, com fome, cansado, recuperando-me de um afogamento a sorte sorriu para mim. O guia pediu que eu deitasse no fundo do barco para dar estabilidade (leia-se: Gordão, o barco tá virando por sua causa, fica no meio por**!). Admito ... aquele bote só encalhava do meu lado...

Nisso tive que parar de remar pelas proximas 2 horas e meia, ou seja, o restante do passeio. Mas, pelo fato de estar no centro do barco fui encarregado de passar as instruções do guia pro Biro, que nunca prestava atenção nos comandos.

O engraçado é que o barco que tava indo meio torto sem o Biro atento, passou a balançar com o Ryu remando à direita e o Biro à esquerda, enta o barco ficava, direita, esquerda, direita esquerda ... e todo mundo balançando.

Foi nessa hora que, para sincronizar a remada eu comecei a gritar: Todo mundo, levanta o remo, e vai ... levanta, vai ... levanta e vai, levanta e vai ... e nisso o barco foi que foi embora pela correnteza. Levanta e vai ...

Foi muito engraçado, apesar de as vezes parecer que eles queriam me bater de tanto que eu gritava. Nessas e outras, quando passávamos por algum barco que jogava água na gente tentando nos atrasar, eu trocava o "levanta e vai" por "levanta o dedo", e todo mundo mostrava o dedo do meio pro barco adversário. Até o guia entrou nessa ...

No final da correnteza ainda me ofereceram o duck, uma espécie de caiaque de apoio dos caras, para que eu terminasse o passei sozinho. Não preciso dizer que remando sozinho me atrapalhei todo, quase virei o barato e fiquei atracado em todos os galhos e pedras do caminho ...

O passeio acabou com a volta de onibus, um monte de gente dormindo de cansaço e outros zoando. Da cidade para pousada pegamos a estradinha de terra da noite anterior que estava bem suave e que de panela só tinha as que imaginavamos cheias de comida para o jantar ...

Anonymous Anônimo disse...

Como foi dificil remar depois de uma hora...nossa!E ao levanta e vai...putz no começo deu o maior pique mais depois dava vontade de bater o remo acidentalmente no nosso "guia" Fernandão.
Adorei ... o texto...quero mais!!!
Bjs

22/2/06 08:15  

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