terça-feira, março 07, 2006

Brotas - 3a. parte: O urso interior de cada um de nós ...

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Dando continuidade à nossa história, ao voltarmos do rafting tivemos o prazer de jantar e dormir, sem fazer mais nada, exaustos. Não que não tenhamos tentado tomar umas cervejas ou ficar trocando idéia. mas parecia impossivel tal feito.
A manhã seguinte começou devagar, meio preguiçosa, meio dolorida, afinal, não havia nenhum atleta no rafting; Pelo meno não no barco que eu estava.
Após um reforçado café da manhã com sucos de cajucerolacaxi e bolinhos de chuva feitos a base de muito óleo decidimos ir visitar uma cachoeira. Na verdade, 7 cachoeiras, no tal do Sítio das 7 Quedas.
Para nos prepararmos compramos uma geladeirinha de isopor, cervejas, fomos pro carro e o nosso passeio light estava montado. Finalmente algo sossegado para fazer ...
Chegando no tal sítio tivemos a primeira surpresa. Nada de isopores para levarmos a nossa querida cerveja. Tivemos que improvisar sacolas plasticas para levarmos nosso querido néctar pelos percursos das 7 quedas ...
Na entrada do sítio já timemos o prazer de saber que as 7 quedas se estendiam por um percurso de alguns quilometros, o que facilitou nossa decisão de sentar em uma da cachoeiras e ficarmos borestando ao sol.
Decidimos pela queda do Quati (44 metros de queda) e que formava uma piscina natural. E o mais importante. Era a mais perto de chegar.
Porém a trilha era complicada. Um zigue zague interminavel que fazia curvas perto demais de abismos mortais (pelo menos para quem tem medo de altura como eu). Mas essa era só mais uma provação pela qual eu tinha que passar nessa viagem. E longe de ser a última!
Chegamos, sentamos, trocamos idéia, tomamos sol, brincamos com o Raio (O cachorro da Camila que nos acompanhava !!!) e nadamos nas águas geladas da piscina natural. Pena não conseguirmos chegar muito perto da cachoeira, pois não havia onde apoiar os pés e o vento que a queda formava nos fazia boiar para longe.
Subimos a trilha e passamos a tarde a base de porções e piscina (tinha uma piscina no sitio). No fim do dia, ja na pousada, decidimos jantar, dormir por umas duas horas e voltar para São Paulo.
Durante a janta, ficamos meio decepcionados pelo cardápio ser o mesmo do dia anterior... mas mandei ver na macarronada, e fui dormir satisfeito para longa viagem que se aproximava.
Ao ser acordado para irmos, tive a sensação que algo não ia bem! Tive que correr para o banheiro e deixar fluir a macarronada, ou pelo menos as porções da tarde. E vocês não imaginam a minha surpresa ao tentar levantar, e novamente ter que sentar.
Lembro de ter pensado que não era uma boa forma de iniciar uma viagem. Mesmo sendo uma de volta pra casa.
Livrei-me do fardo e pude sair do quarto para acompanhar meus amigos . Pagamos a estadia (na qual fomos trapaceados a serem cobrado os jantares) e pegamos a estrada.
Nesse meio tempo, cansado e novamente com dor de barriga e de cabeça, no carro, passamos por uma lanchonete no centro de Brotas onde paramos para que eu pudesse comprar àgua, pois eus estava passando muito mal, e o balanço do carro piorava meu enjôo.
Não tendo garrafa de litro acabei comprando 4 garrafinhas pequenas de meio litro e voltando para o carro, onde guardei três e enquanto esperava a Camila voltar do banheiro, matei a primeira de uma golada só.
O que se passou a seguir foram apenas imagens perdidas na minha memória, pois no minuto seguinte em que eu virei a garrafa na frente da lanchonete e só senti algo saindo do meu estomago em direção a garganta, e então pude propiciar aos clientes da lanchonete um show sem precedentes. Consegui gorfar toda macarronada, porção de calabresa, porção de sei lá o que e liquidos diversos, incluindo a água ainda gelada (sério, gorfei gelado). Foram 5 Urros, seguidos, e fortes (quem ja me viu roncando faz uma idéia) com pequenos intervalos nos quais eu ouvia coisas como: "Nossa, o grandão tá mal" , ou "O Urso fugiu do zoologico, corram!"
Quando me recobrei com um pouco de àgua e rosta e boca devidamente lavados, e a lanchonete devidamente vazia, percebi que o Ryu ajudava a Camila, que passava mal de tanto rir, e a Bruna discutia com o Biro se o cheiro do vômito era calabresa ou macarrão.
Depois de ter soltado o montro interior pegamos a estrada, onde fiquei aguentando brincadeiras diversas sobre ter bebido pouco e passar mal, ou se engolir água do rio faz mal. Depois de enjoar mais umas 495 vezes chegamos a São Paulo, onde todos ainda tiravam uma casquinha me zoando. Passei uma noite de Rei, e porque não dizer, uns 4 dias depois ainda estava mal.
Mas tive minha desforra quando, no dia seguinte à viagem, ao falar com todos, por email ou telefone, descobri que também estavam em seus momentos de reis e rainhas e que também passavam mal nos seus banheiros.
Descobrimos que ao sermos passados pra tras na pousada, pagando pelo Jantar que deveria estar incluso, pagamos muito mais caro do que parecia ...

Anonymous Anônimo disse...

Fê, essa parte foi a melhor...ADOREI!!!Bjos.

31/3/06 12:43  
Anonymous Anônimo disse...

Fê..atualiza, vai vai vai...bjs

3/5/06 08:38  

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