segunda-feira, setembro 11, 2006

Rapidinha: O Fanho ...

Esses dias, meu irmão, 1:00h da madruga, ligando pra Eletropaulo ...

-- Boa Noite.
-- Oa Oiiti.
-- Hmmm, acabou a luz aqui no meu bairro.
-- Ual deu dóme ?
-- É Rodrigo ...
-- Ual o airru ?
-- Jardim Santa Cruz...
-- Ual sua idade ?
-- 26 anos ...
-- Ão, eu ís izer, sua idade ?
-- Então ... 26 anos ...
-- Ééé ... é su idade, e ão sua idade ...
-- Desculpe, mas minha idade é 26 anos, Nasci em 1980!
-- EU Ô EERENU I-ZER UNICÍPIO ... ORRA !

Tu Tu Tu ...

Nesse momento acordamos todos os vizinhos de tanto rir a 1:00h da madruga ... e fomos dormir sem saber se a luz voltaria ou não :)

terça-feira, agosto 29, 2006

O Florisvaldo

E essa que aconteceu há algum tempinho ...

Estava eu trabalhando em um cliente no Brooklin, escritório novo, sem mesa nem cadeira, cheiro de tinta e tal.
Foram contratar um faz-tudo para fazer serviços básicos, de pintura, marcenaria, instalar ar-condicionado, elétrica e tal.
O engraçado é que cogitaram uns três caras, o primeiro de mão de obra cobrou caro, uns R$ 4.000,00 reais. Escritório novo, chefe pão duro, não preciso dizer que esse se fu*.
O Segundo empreitero (palavra estranha para se escrever) fez uma analise e tal e disse que fazia por R$ 3.000,00. Opa! Estamos chegando num valor descente, disse o dono do escritório.
E eu só ouvia os comentários do pessoal lá, afinal, eu era terceirizado, não ia ficar dando pitaco... Até que eu não aguentei quando apareceu o terceiro cara: Passaram a lista de coisas pra fazer, trabalho pra uns 2 meses de serviços gerais, que incluia até encanamento. O pedreiro, pediu um papel e começou a fazer umas contas... "Madera... tá, Bancada... hummm, Parede... certo, Cano... tá. Dá otocentos real dotô.". E falou com autoridade, de quem sabia o que tava fazendo. O chefe nem discutiu ... fechou com ele e ainda prometeu um bonus se o cara fosse rápido. Foi nesse momento que eu tentei avisar: Olha ... Tem certeza... O cara não parece confiavel ...
Ai que ele me respondeu: Não se preocupe, o Florisvaldo é de confiança, ele dá um jeito. (Quem?!?!?!)
Bem, o que eu posso dizer. O cara em 3 dias pintou a parede...

-- E um pedaço do computador que tava ali perto apoiado na parede.

Em mais 2 dias, ele fez a bancada, que levou 4 para arrumar, pois havia caido com o primeiro computador que apoiamos nela.

-- Já viram um computador com textura ? Eu já!

O buraco na parede para por o ar-condicionado ficou o dobro do tamanho necessario, e tiveram que comprar tijolo e cimento. O interessante é que depois de instalado o ar, a tomada que era para existir junto, ao lado, não havia sido instalada.

-- A textura era verde. Sim, AQUELE verde fosforescente.

A parte da energia elétrica foi interessante: Antes, no 2o. andar havia um chuveiro. Foi so fazer um furo na parede em cima, outro em baixo e puxar os fios por fora ... e pronto! Até a 1a. chuva queimar o ar condicionado, claro ...

-- E sabem o melhor do Computador pintado ?

O encanamento durou 3 meses sem vazar ... foi engraçado chegar no escritório, em pleno verão, e ver baldes e panelas espalhados pelo chão.

-- A parede onde o computador estava apoiado, atras do computador, estava branca!

E o advogado do escritório chamou o Florisvaldo pra uma reforma na casa dele. (hehehehehe!!)

-- É isso mesmo ... ele pintou em volta do computador. Não moveu o computador, pois achou que podia estragar se mexesse.

Mas só pra concluir a história do Florisvaldo, o Advogado do escritorio, que adora ficar cantando músiquinhas por ai, apareceu um dia lá, uma semana depois cantando:"

"Há Floris, por todos os lados"
"O Floris está onde eu vejo ..."
"O Floris pintou meu telhado"
"Pintou o meu travesseiro..."
"É o Floris, O Florisvaldo"
...

Eu mereço ...

sábado, agosto 12, 2006

Coisas que só acontecem comigo ...

Eu tenho uma espécie de atrativo para algumas profissões, sei lá, um carisma diferente, nunca entendi, mas quem me conhece pode confirmar, que garçons, zeladores, motoristas, enfim, pessoas que trabalham com pessoas, gostam de mim, veêm conversar, brincar, fazer piada ... sempre tem uma dessas.
Algum tempo atrás, fui a uma formatura. Cheguei lá, sentei e comecei a conversar com o pessoal. Comi uns salgadinhos seguido por uma cerveja, coisa natural. Quando abri a segunda garrafa de cerveja, o garçon, responsável por abastecer a mesa onde eu estava, chegou, se apresentou e falou para mim, do nada -- Vou guardar um engradado de cerveja lá no fundo pra você, você tem cara de quem bebe bem. Comecei a rir, agradeci o garçon e ri do que já sabia ser outro epsódio dessas brincadeiras Garçon-Fernando. O garçon pasoou mais umas duas vezes por mim insinuando que meu engradado estava lá e que eu ficasse tranquilo. Nem bebo tanto assim ... mas tudo bem. A coroação do epsódio foi quando o garçon passou novamente pela mesa, depois de eu ter consumido (junto com o pessoal da mesa, claro) o engradado que ele teria guardado, apertou a minha mão, e eu percebi que havia algo, um papel, na mão dele que ele estava passando para mim. Na hora rezei para que não fosse o telefone dele, coisa pela qual eu seria zoado o resto de minha vida pelo pessoal que estava comigo. Ele disse enquanto apertava minha mão: Depois desse engradado tenho certeza que você vai precisar disso -- e deixou na minha mão, se despedindo, um saquinho de sal de frutas ENO.
essas coisas só acontecem comigo ...

segunda-feira, julho 31, 2006

Ouvindo conversas ...

E eu estava em, uma conversa entre amigos no trampo há algum tempo atrás, e começamos a falar de programas de TV, então eu citei o Jackass (Cara-de-Pau que passava na MTV) e comecei a contar alguns episódios para o pessoal. Comecei claro com os mais leves, que iam desde cambalhotas, passando por quedas feias e chegando as chutes e marteladas no saco. Qdo meus amigos de trabalho estavam rindo comecei a falar dos nojentos, começando o o banho de bosta no banheiro quimico levado pelo John Knoxville e comecei a contar dos dois mais nojentos que me lembrei, O dialogo era mais ou menos assim: -- E teve um outro episódio que um dos idiotas do Jackass vai tentar saltar com um triciclo um duto de esgoto, ele vem pedalando e não consegue. Não preciso dizer que ele cai no fosso de bosta ... LITERAMENTE BOSTA e se levanta todo marrom ...
Neste momento, entra na sala a nossa querida faxineira Luzinete, trocando sacos de lixo e passando pano nas mesas. Ela estava lá trabalhando e eu então nem me importei muito com a entrada dela pois ela estava acostumada a ouvir algumas poucas besteiras, empresa só com homem, as vezes escapa ... então continuei ...
-- Então ... o cara cai na Bosta e fica imundo ... e saiu vomitando pois o cheiro é nojento ... muito nojento... o cara bateu recorde de vomito, uns 30 minuto vomitando ...
Nisso ... a faxineira, que deveria estar trabalhando estava limpando uma mesa ao lado mas percebi pela cara dela de "Ai-que-nojo" que ela estava atenta na conversa ... novamente... não dei muita importancia ao caso pois ela poderia dar boas risadas também e seria divertido ... continuei ...
-- Mas o epsódio mais legal, e mais nojento é o que um dos caras vai fazer omelete ... Ele pega tres ovos e os quebra na boca ... e engole cru, começa a descacar uma cebola e começa a come-la, CRUA. Depois da segunda cebola ele pega dois tomates e tambem come ambos, seguidos por salsinha e alho. O Ator então diz que usará leite e começa a beber um litro de leite, E na sequencia, diz que para dourar o omelete ele precisa de manteiga, então come um bloco I-N-T-E-I-R-O de manteiga ... por cima dos ovos, cebolas, tomates e tudo mais.
NEsse minuto percebi que a moça da limpeza esta de pé olhando para mim assim como os outros 4 espectadores, decidi continuar a história para todos ...
-- Nesse momento, vc vê que o ator esta bem enjoado, depois de ovos crus, leite, manteiga e algumas coisas mais, qualquer um estaria. Então ele enfia dois dedos na garganta, ... e gorfa num liquidificador, ele gorfa duuuuuuuuas vezes ... vomita mesmo ... bonito ... bate o omelete e começa a fritar-lo ... vira de um lado, vira de outro ... termina e põe num prato a obra prima...
Olhei de novo para moça ... ela estava com uma cara de "MEU-DEUS-DO-CEU-QUE-NOJO" que dava gosto ... uma mão na barriga e a outra apoiada na parede ... e me parecendo meio esverdeada ...eu só continuei ... -- Então ele começa a fatiar o omelete e começa a come-lo exclamando "Que delicia, muito bom" E come todo omelete gorfado, aquele que ele vomitou ... pra simplesmente vomitar de novo ...
Nesse momento vejo a faxineira passando por mim, correndo, com uma cara que tinha uma cor laranja-esverdeada, entra no banheiro, sem tempo de fecha a porta e começa a vomitar ... Blergh ... Yach ... Blorp ... Berouuu ...Berooouuu ... Gorfffff ... Sblerghorfousmitou ...
Nesse minuto ... o assunto para ...
Todos olham pro banheiro assustados nisso ... o barulho de descarga ... a pia ... cuspe ... Blehgh ... Berooouuu ...Berooouuu ... Gorfffff ... cuspe ... ela desncosta a porta, sai limpando a boca ... e diz pra gente ... -- Vcs são muito nojentos ...
E sai da sala onde explodimos de risadas e ficamos aguentando cheiro de vômito até o fim do expediente ...

segunda-feira, julho 24, 2006

Velhas Histórias - São Silvestre

Eu estou meio parado com esse meu blog. Mais um projeto / idéia / coisa que eu começo e não toco pra frente e nem dou fim.

Então resolvi pegar e aproveitar que estou meio sem tempo, devido ao trabalho, escritório novo, correria geral ... enfim ... resolvi resgatar algumas histórias do blog antigo e postar por aqui.

Essa daqui vai especialmente pro Adriando, via Internet, até a Rep. Tcheca ...

--
Tem uma história das antigas, que muitos já ouviram falar, mais de uma vez, e eu vou colocar aqui pra quem nunca ouviu e pra deixar registrado.

Era um verão há muito tempo atrás, eu devia ter meus 14 ou 15 anos, numa época que andavamos eu, o Igão e o Adri, andavamos naquelas, porque a gente ia no maximo da minha casa até a casa de um deles ou até o morrão (nome daquele monte de terra vermelha batida, onde chegaram a construir um parque e um campo, no fim da rua B).
Sempre entre a gente rolava uma competiçãozinha, alguém falava duvido e ai era praticamente lei o cara desafiado ter quer cumprir a tarefa do qual os outros duvidavam. Até hoje eu não entendi porque eles sempre duvidavam de mim e não tanto entre eles ? Crianças ...
Estavamos então no morrão, com aquela preguiça de meio de tarde de sol, sentados no gira-gira e trocando idéia. Tinha uma galera jogando bola, se não me engano era os pedreiros que moravam lá no morrão com uma galera lá do bairro, um negócio meio risca-pexeira, sempre tinha esses jogos, e nem sempre todo mundo voltava inteiro.
Depois de umas duas vezes que a bola rolou pra fora do campo e o Adri teve que pega-la, para devolver, ele teve a geniosa idéia e falou: "Ô Fê ... eu duvido você pegar a bola e sair correndo!".

Só uma nota: Quando você é moleque, você geralmente ouve as coisas diferentes, todo mundo aqui pode confirmar isso. Qdo a nossa mãe falava "Vai lavar a mão pra comer" -- a gente ouvia "Limpa a mão na calça e vem comer" Ou seu pai falava "Não vou comprar isso não" a gente ouvia "Se você insistir mais eu compro". Bem, no meu caso "duvido" soava claramente como "você não é homem" ou "se você for um cara legal ... coisas assim...". Tá explicado? Ótimo !
Eu ouvi aquelas palavras e fiquei esperando a deixa, então um dos "gente-boa" que tava jogando, bateu a bola pra escanteio, que por sua vez saiu pelo vão lateral da quadra. Não pensei duas vezes, levantei do gira-gira e sai pra pegar a bola, quando eu a tinha em minhas mãos, olhei pra cara dos jogadores e todos tinham aquela expressão na cara de "Que cara legal, indo pegar a bola pra gente não ter que sair correndo atras dela, Obrigado!". Bem, eu só lembro de ter saido correndo, corri muito e um monte de cara gritando coisas como "Filho da puta" ou "Moleque de merda". Corri até chegar no fim da rua C, lá embaixo, na Syllas Mattos, e os caras meio que desistindo de ir atras, só dois ou três, então continuei correndo, subi a rua A no maior gás que consegui e quando cheguei lá em cima de novo, os caras todos na quadra, olharam e "Olha o moleque lá, pega", comecei a correr descendo a rua B, e de relance só consegui ver o Adriano, jogado no chão sem ar de tanto rir. No meio da rua B, com meio palmo de lingua pra fora e uma dor no rim que não era brincadeira, os caras desistiram de me seguir. Desci mais calmamente, e virei a esquina pra subir a rua C de novo, e vi uma gangue de jogadores de bola furiosos descendo, toca correr até a rua A e subir ela correndo. Qdo cheguei na quadra, tinha uns seis lá sentados esperando arrancarem minha pele, olhei pro gira-gira onde estavam o Igor e o Adriano com os olhos cheio de lagrimas. Joguei a bola pra dentro da quadra, e corri pra casa. Foi um bom dia para correr ... deve ser por isso que eu não gosto de futebol, um trauma, sei lá ...

terça-feira, março 07, 2006

Brotas - 3a. parte: O urso interior de cada um de nós ...

parte 1 | parte 2 | parte 3
Dando continuidade à nossa história, ao voltarmos do rafting tivemos o prazer de jantar e dormir, sem fazer mais nada, exaustos. Não que não tenhamos tentado tomar umas cervejas ou ficar trocando idéia. mas parecia impossivel tal feito.
A manhã seguinte começou devagar, meio preguiçosa, meio dolorida, afinal, não havia nenhum atleta no rafting; Pelo meno não no barco que eu estava.
Após um reforçado café da manhã com sucos de cajucerolacaxi e bolinhos de chuva feitos a base de muito óleo decidimos ir visitar uma cachoeira. Na verdade, 7 cachoeiras, no tal do Sítio das 7 Quedas.
Para nos prepararmos compramos uma geladeirinha de isopor, cervejas, fomos pro carro e o nosso passeio light estava montado. Finalmente algo sossegado para fazer ...
Chegando no tal sítio tivemos a primeira surpresa. Nada de isopores para levarmos a nossa querida cerveja. Tivemos que improvisar sacolas plasticas para levarmos nosso querido néctar pelos percursos das 7 quedas ...
Na entrada do sítio já timemos o prazer de saber que as 7 quedas se estendiam por um percurso de alguns quilometros, o que facilitou nossa decisão de sentar em uma da cachoeiras e ficarmos borestando ao sol.
Decidimos pela queda do Quati (44 metros de queda) e que formava uma piscina natural. E o mais importante. Era a mais perto de chegar.
Porém a trilha era complicada. Um zigue zague interminavel que fazia curvas perto demais de abismos mortais (pelo menos para quem tem medo de altura como eu). Mas essa era só mais uma provação pela qual eu tinha que passar nessa viagem. E longe de ser a última!
Chegamos, sentamos, trocamos idéia, tomamos sol, brincamos com o Raio (O cachorro da Camila que nos acompanhava !!!) e nadamos nas águas geladas da piscina natural. Pena não conseguirmos chegar muito perto da cachoeira, pois não havia onde apoiar os pés e o vento que a queda formava nos fazia boiar para longe.
Subimos a trilha e passamos a tarde a base de porções e piscina (tinha uma piscina no sitio). No fim do dia, ja na pousada, decidimos jantar, dormir por umas duas horas e voltar para São Paulo.
Durante a janta, ficamos meio decepcionados pelo cardápio ser o mesmo do dia anterior... mas mandei ver na macarronada, e fui dormir satisfeito para longa viagem que se aproximava.
Ao ser acordado para irmos, tive a sensação que algo não ia bem! Tive que correr para o banheiro e deixar fluir a macarronada, ou pelo menos as porções da tarde. E vocês não imaginam a minha surpresa ao tentar levantar, e novamente ter que sentar.
Lembro de ter pensado que não era uma boa forma de iniciar uma viagem. Mesmo sendo uma de volta pra casa.
Livrei-me do fardo e pude sair do quarto para acompanhar meus amigos . Pagamos a estadia (na qual fomos trapaceados a serem cobrado os jantares) e pegamos a estrada.
Nesse meio tempo, cansado e novamente com dor de barriga e de cabeça, no carro, passamos por uma lanchonete no centro de Brotas onde paramos para que eu pudesse comprar àgua, pois eus estava passando muito mal, e o balanço do carro piorava meu enjôo.
Não tendo garrafa de litro acabei comprando 4 garrafinhas pequenas de meio litro e voltando para o carro, onde guardei três e enquanto esperava a Camila voltar do banheiro, matei a primeira de uma golada só.
O que se passou a seguir foram apenas imagens perdidas na minha memória, pois no minuto seguinte em que eu virei a garrafa na frente da lanchonete e só senti algo saindo do meu estomago em direção a garganta, e então pude propiciar aos clientes da lanchonete um show sem precedentes. Consegui gorfar toda macarronada, porção de calabresa, porção de sei lá o que e liquidos diversos, incluindo a água ainda gelada (sério, gorfei gelado). Foram 5 Urros, seguidos, e fortes (quem ja me viu roncando faz uma idéia) com pequenos intervalos nos quais eu ouvia coisas como: "Nossa, o grandão tá mal" , ou "O Urso fugiu do zoologico, corram!"
Quando me recobrei com um pouco de àgua e rosta e boca devidamente lavados, e a lanchonete devidamente vazia, percebi que o Ryu ajudava a Camila, que passava mal de tanto rir, e a Bruna discutia com o Biro se o cheiro do vômito era calabresa ou macarrão.
Depois de ter soltado o montro interior pegamos a estrada, onde fiquei aguentando brincadeiras diversas sobre ter bebido pouco e passar mal, ou se engolir água do rio faz mal. Depois de enjoar mais umas 495 vezes chegamos a São Paulo, onde todos ainda tiravam uma casquinha me zoando. Passei uma noite de Rei, e porque não dizer, uns 4 dias depois ainda estava mal.
Mas tive minha desforra quando, no dia seguinte à viagem, ao falar com todos, por email ou telefone, descobri que também estavam em seus momentos de reis e rainhas e que também passavam mal nos seus banheiros.
Descobrimos que ao sermos passados pra tras na pousada, pagando pelo Jantar que deveria estar incluso, pagamos muito mais caro do que parecia ...

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Brotas - 2a. parte: Levanta e vai ...

parte 1 | parte 2 | parte 3
Depois de sermos sumariamente forçados a desistir de beber, resolvemos dormir, para acordarmos cedo para aproveitarmos o café da manhã e a piscina. Pelo menos assim eu pensava.

Acordei todo mundo. Ô povinho que gosta de dormir, tem o dia todo pra descansar, na hora do churras, ou em qualquer outra hora. Vamos aproveitar o café da manhã e pegar um sol na piscina.

O Café da manhã nào foi lá grandes coisas. Um suco estranho de Mamãoracújabacaxiranja que na minha opnião era horrível. O Bolo de cenoura que era coberto com uma calda, cá entre nós, zoada, de choco-mel (!) e coisas assim. Mas em compensação, os bolinhos-de-chuva ... Como estavam bons ... Meu café da manhão era uma tempestade de bolinhos de chuva. Hummm ..

Depois de nos alimentarmos adequadamente, voltando para os quartos fomos abordados pela Dharma, Delma, Thelma, Palherma ou algo assim. A dona da pousada. Que sugeriu que fossemos ver os passeios da cidade que uma promoter apresentaria. Como eu só iria agitar o churras meio dia, fui ver os panfletos.

Nos primeiros 5 minutos comecei a estranhar a apresentação. A promoter explicava tudo pras meninas só que ficava olhando pra mim. Alguma coisa tinha. Demorei a descobrir, mas ela tinha um olhar de frita o peixe e olha o gato. Nesse meio tempo as meninas ficaram curiosas e começaram a se informar sobre Rapel, Escalada, Arvorismo, Rafting e etc ...

Eu sei que eu comecei a cochilar sob o olhar atento da promoter e quando acordei, tinham dado minha sentença. Iriamos fazer Rafting (!) e o pior, na hora que devia se o churrasco, as 14h. Ahhhhh !!! Antes eu não tivesse acordado eles tão cedo ...

Tentei fugir, me esconder, convencer o pessoal a ficar na piscina que tava da hora e nada. Fomos até a churrasqueira conhecer o ambiente (que era bem legal e incluia um forno de pizza) mas nada. Todos queriam ir pro Rafting. Bem, lá vamos nós.

Depois de umas porções estranhas e umas cervejas (que tivemos que comprar no mercado devido ao sumiço precoce no freezer da pousada) tomamos o caminho do Rafting. Chegamos lá, inscrição, onibus até o rio, onde o corno manso do guia queria me convencer a fazer "montinho" em outro guia caso contrario eu não poderia brincar de descer o rio. Esclarecido o problema (sem a necessidade de eu me jogar em ninguém) chegamos ao rio, passamos pelo treinamento básico e fomos para a assim chamada "aventura" ...

No barco comecou a diversão. Rema pra cá, pendura pra lá, segura acolá e por ai vai ... No começo é bem divertido, remando, gritando, zoando com os outros barcos, mas uma hora depois já começa a cansar, principalmente se você, assim como eu, quase se afoga no escorregador (uma parte que vc desce sem o barco, escorregando pelas rochas) e precisa ser resgatado por um salva-vidas, puxado do fundo do rio, preso a uma corda, arrastado ate uma pedra, e deixado lá gorfando metade dos 4 litros e meio de água engolida.

Mas logo depois, com fome, cansado, recuperando-me de um afogamento a sorte sorriu para mim. O guia pediu que eu deitasse no fundo do barco para dar estabilidade (leia-se: Gordão, o barco tá virando por sua causa, fica no meio por**!). Admito ... aquele bote só encalhava do meu lado...

Nisso tive que parar de remar pelas proximas 2 horas e meia, ou seja, o restante do passeio. Mas, pelo fato de estar no centro do barco fui encarregado de passar as instruções do guia pro Biro, que nunca prestava atenção nos comandos.

O engraçado é que o barco que tava indo meio torto sem o Biro atento, passou a balançar com o Ryu remando à direita e o Biro à esquerda, enta o barco ficava, direita, esquerda, direita esquerda ... e todo mundo balançando.

Foi nessa hora que, para sincronizar a remada eu comecei a gritar: Todo mundo, levanta o remo, e vai ... levanta, vai ... levanta e vai, levanta e vai ... e nisso o barco foi que foi embora pela correnteza. Levanta e vai ...

Foi muito engraçado, apesar de as vezes parecer que eles queriam me bater de tanto que eu gritava. Nessas e outras, quando passávamos por algum barco que jogava água na gente tentando nos atrasar, eu trocava o "levanta e vai" por "levanta o dedo", e todo mundo mostrava o dedo do meio pro barco adversário. Até o guia entrou nessa ...

No final da correnteza ainda me ofereceram o duck, uma espécie de caiaque de apoio dos caras, para que eu terminasse o passei sozinho. Não preciso dizer que remando sozinho me atrapalhei todo, quase virei o barato e fiquei atracado em todos os galhos e pedras do caminho ...

O passeio acabou com a volta de onibus, um monte de gente dormindo de cansaço e outros zoando. Da cidade para pousada pegamos a estradinha de terra da noite anterior que estava bem suave e que de panela só tinha as que imaginavamos cheias de comida para o jantar ...

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Brotas - 1a. parte: Indo ...

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Vou estrear o blog com uma historia de uma viagem doida ... Brotas
Tudo começou com um email da senhora Biro, me chamando para viajar com o Biro, Ryu e as meninas para uma pousada sossegada em Brotas, com piscina e cerveja. O que mais eu poderia querer. Confirmei a minha ida e a reserva da pousada.

Tudo parecia bem até que recebo o email de confirmação da pousada: Com um "Obrigado" e outros blah blah blahs. Ia indo bem até que cheguei nas recomendações: Repelente, protetor solar, 2 pares de Tenis, pois um deles ira molhar, Saco de lixo e garrafa de água para as trilhas.

Caramba ? Repelente e protetor tudo bem, vai que fica perto do mato ou algo assim ... Agora 2 pares de tênis ? Esse mato deve ser um pântano, não é possivel ...Saco de lixo e àgua para as trilhas?? Esse pãntano estava começando a me assustar! Eu só esperava que nào tivesse que fazer trilha para chegar na churrasqueira, senão qual a graça de comer kilos de carne, tomar litros de cerveja e depois sair andando pra fazer trilha ... Para né !

Um pouco assustado fui no mercado providenciar o kit-viagem basico e depois me preparar para sair.

A viagem foi tranquila, com as paradas costumeiras para um xixi básico, (né Camila?) e pegar uns flashs e guranás no caminho. O resto a gente tinha no carro ;)

Chegando na cidade de Brotas 4 horas depois, tudo ficou mais esquisito. Nada de achar o tal bairro do patrimônio, ou a igreja ou qualquer outra coisa que estivesse no mapa, o que nos obrigou a parar para perguntar.

-- Por favor, bairro do patrimônio ?
-- NOSSA! Ceis tão longe ...
-- Sério? Por onde é?
-- Vixe, a estrada é ruim demais, cêis tão doido de fazer ela de madrugada, tem muito assalto, roubo e a estrada cheia de buraco. Melhor vocês ficarem aqui perto mesmo.

Que legal, 4h de viagem, pousada garantida e não dava pra chegar! Vamos parar num buteco e tomar uma e ver qual que é dessa estrada com o pessoal do bar.

O tiozinho do bar não foi muito melhor. A diferença é que ele chamava os buracos da estrada de panela -- "Tem cada panela na estrada lá desse tamanhão ó" !

Começamos a procurar pousada lá mesmo, na cidade. Pelo menos eu não ia pegar uma estrada cheia de panelas, ficar no meio de um pântano e fazendo trilha pra ir pra churrasqueira.

Nessa de procurar pra lá e pra cá, encontramos um senhor fazendo sei lá o que de madrugada na rua e perguntamos de pousada pra ele, contando a nossa historia. Para nossa surpresa ele falou que a estrada era perfeita, que tinha uns 20km e dava pra ir tranquilo virando a esquerda aqui e a direta ali! O cara passou tanta confiança que não resistimos e pegamos a estrada-surpresa.

Esse trecho da viagem foi tenso, todo mundo no carro, numa estrada sem iluminação, vendo fantasmas e esperando ser tragado por alguma cratera que no fim não existia. A estradinha era realmente suave.

Chegamos inteiros, e o carro idem. A pousada é bem legal quando se entra, com piscinão, Chalés e etc. E o melhor, o freezer da recepção cheio de cerveja.

Malas desfeitas, pedimos a nossa cervejinha noturna para comemorar o sucesso da viagem e ficamos conversando de boa ... até que o freezer que estava cheio ... esvaziou-se. E antes que falem algo, nos estavamos na 3a. cerveja quando o resto sumiu ...

E isso foi só o começo !

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Finalmente ...

Ufa, finalmente resolvi criar vergonha e voltar com o cartunizando. Para quem não sabe eu mantive o cartunizando em 2003 / 2004 até que o servidor onde eu hospedava passou a ser pago e em virtude de eu ter que reformular algumas coisas e querer mudar um pouco a cara do site acabei tendo falta de tempo e adiando tudo. Coisa que alias sou craque, adiar.

O Cartunizando contava com histórias engraçadas, alguns textos básicos e coisas do tipo, que espero vocês possam conhecer ou rever nessa nova versão.

Enfim ... de volta ...