terça-feira, agosto 29, 2006

O Florisvaldo

E essa que aconteceu há algum tempinho ...

Estava eu trabalhando em um cliente no Brooklin, escritório novo, sem mesa nem cadeira, cheiro de tinta e tal.
Foram contratar um faz-tudo para fazer serviços básicos, de pintura, marcenaria, instalar ar-condicionado, elétrica e tal.
O engraçado é que cogitaram uns três caras, o primeiro de mão de obra cobrou caro, uns R$ 4.000,00 reais. Escritório novo, chefe pão duro, não preciso dizer que esse se fu*.
O Segundo empreitero (palavra estranha para se escrever) fez uma analise e tal e disse que fazia por R$ 3.000,00. Opa! Estamos chegando num valor descente, disse o dono do escritório.
E eu só ouvia os comentários do pessoal lá, afinal, eu era terceirizado, não ia ficar dando pitaco... Até que eu não aguentei quando apareceu o terceiro cara: Passaram a lista de coisas pra fazer, trabalho pra uns 2 meses de serviços gerais, que incluia até encanamento. O pedreiro, pediu um papel e começou a fazer umas contas... "Madera... tá, Bancada... hummm, Parede... certo, Cano... tá. Dá otocentos real dotô.". E falou com autoridade, de quem sabia o que tava fazendo. O chefe nem discutiu ... fechou com ele e ainda prometeu um bonus se o cara fosse rápido. Foi nesse momento que eu tentei avisar: Olha ... Tem certeza... O cara não parece confiavel ...
Ai que ele me respondeu: Não se preocupe, o Florisvaldo é de confiança, ele dá um jeito. (Quem?!?!?!)
Bem, o que eu posso dizer. O cara em 3 dias pintou a parede...

-- E um pedaço do computador que tava ali perto apoiado na parede.

Em mais 2 dias, ele fez a bancada, que levou 4 para arrumar, pois havia caido com o primeiro computador que apoiamos nela.

-- Já viram um computador com textura ? Eu já!

O buraco na parede para por o ar-condicionado ficou o dobro do tamanho necessario, e tiveram que comprar tijolo e cimento. O interessante é que depois de instalado o ar, a tomada que era para existir junto, ao lado, não havia sido instalada.

-- A textura era verde. Sim, AQUELE verde fosforescente.

A parte da energia elétrica foi interessante: Antes, no 2o. andar havia um chuveiro. Foi so fazer um furo na parede em cima, outro em baixo e puxar os fios por fora ... e pronto! Até a 1a. chuva queimar o ar condicionado, claro ...

-- E sabem o melhor do Computador pintado ?

O encanamento durou 3 meses sem vazar ... foi engraçado chegar no escritório, em pleno verão, e ver baldes e panelas espalhados pelo chão.

-- A parede onde o computador estava apoiado, atras do computador, estava branca!

E o advogado do escritório chamou o Florisvaldo pra uma reforma na casa dele. (hehehehehe!!)

-- É isso mesmo ... ele pintou em volta do computador. Não moveu o computador, pois achou que podia estragar se mexesse.

Mas só pra concluir a história do Florisvaldo, o Advogado do escritorio, que adora ficar cantando músiquinhas por ai, apareceu um dia lá, uma semana depois cantando:"

"Há Floris, por todos os lados"
"O Floris está onde eu vejo ..."
"O Floris pintou meu telhado"
"Pintou o meu travesseiro..."
"É o Floris, O Florisvaldo"
...

Eu mereço ...

sábado, agosto 12, 2006

Coisas que só acontecem comigo ...

Eu tenho uma espécie de atrativo para algumas profissões, sei lá, um carisma diferente, nunca entendi, mas quem me conhece pode confirmar, que garçons, zeladores, motoristas, enfim, pessoas que trabalham com pessoas, gostam de mim, veêm conversar, brincar, fazer piada ... sempre tem uma dessas.
Algum tempo atrás, fui a uma formatura. Cheguei lá, sentei e comecei a conversar com o pessoal. Comi uns salgadinhos seguido por uma cerveja, coisa natural. Quando abri a segunda garrafa de cerveja, o garçon, responsável por abastecer a mesa onde eu estava, chegou, se apresentou e falou para mim, do nada -- Vou guardar um engradado de cerveja lá no fundo pra você, você tem cara de quem bebe bem. Comecei a rir, agradeci o garçon e ri do que já sabia ser outro epsódio dessas brincadeiras Garçon-Fernando. O garçon pasoou mais umas duas vezes por mim insinuando que meu engradado estava lá e que eu ficasse tranquilo. Nem bebo tanto assim ... mas tudo bem. A coroação do epsódio foi quando o garçon passou novamente pela mesa, depois de eu ter consumido (junto com o pessoal da mesa, claro) o engradado que ele teria guardado, apertou a minha mão, e eu percebi que havia algo, um papel, na mão dele que ele estava passando para mim. Na hora rezei para que não fosse o telefone dele, coisa pela qual eu seria zoado o resto de minha vida pelo pessoal que estava comigo. Ele disse enquanto apertava minha mão: Depois desse engradado tenho certeza que você vai precisar disso -- e deixou na minha mão, se despedindo, um saquinho de sal de frutas ENO.
essas coisas só acontecem comigo ...